Abrir uma empresa é o sonho de muitos empreendedores, mas transformar uma boa ideia em um negócio de verdade exige planejamento, gestão e orientação técnica.
Mais do que registrar um CNPJ, é preciso entender como o negócio vai funcionar, onde será instalado, quanto vai custar e qual é o modelo tributário ideal.
A seguir, você confere tudo o que precisa saber antes de abrir sua empresa, da estrutura administrativa à estratégia contábil e fiscal.
Planejamento: o primeiro passo da gestão
Antes de formalizar qualquer documento, é fundamental construir um plano de negócio.
Ele deve responder perguntas essenciais:
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Quem é o público-alvo e qual problema a empresa resolve?
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Qual será o diferencial competitivo?
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Quanto será necessário investir?
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Em quanto tempo o negócio se paga?
Um bom planejamento evita decisões impulsivas e permite projetar cenários de faturamento, margem e ponto de equilíbrio, reduzindo riscos desde o início.
Escolha o tipo jurídico e o regime tributário com base no porte e nos objetivos
O tipo de empresa (EI, LTDA, SLU, S/A, MEI etc.) e o regime tributário (Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real) influenciam diretamente na carga de impostos, nas obrigações e na estrutura de governança.
O enquadramento fiscal e jurídico deve ser definido junto com o contador e, em muitos casos, também com apoio jurídico para garantir segurança e economia tributária.
Composição de custos e precificação
Um erro comum entre novos empresários é definir preços sem entender o custo real do produto ou serviço.
A composição de custos deve incluir:
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Custos fixos: aluguel, energia, internet, salários, honorários contábeis;
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Custos variáveis: matéria-prima, comissões, transporte, embalagens;
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Encargos e impostos: tributos sobre vendas, folha de pagamento, taxas municipais;
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Margem de lucro desejada e capital de giro.
A precificação correta é o que garante a sustentabilidade financeira e evita que a empresa opere com lucro aparente, mas fluxo de caixa negativo.
Escolha estratégica da localização
A localização pode determinar o sucesso (ou o fracasso) do negócio.
Ao escolher o ponto comercial, leve em conta:
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fluxo de clientes ou facilidade de acesso (para empresas de serviço e varejo);
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infraestrutura, estacionamento e transporte;
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custo de aluguel x potencial de faturamento;
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zoneamento urbano e licenciamento local — pois nem todo imóvel pode abrigar qualquer tipo de atividade.
Antes de assinar o contrato de locação, verifique na prefeitura se o endereço permite a atividade do seu CNAE.
Muitos empresários descobrem tarde demais que o imóvel escolhido não pode receber alvará para sua operação.
Licenças e autorizações
Cada tipo de empresa tem licenças específicas exigidas por lei. As mais comuns são:
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Alvará de funcionamento (prefeitura);
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Licença sanitária (para alimentos, saúde e estética);
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Licença ambiental (para indústrias e negócios com impacto ambiental);
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Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB);
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Registro em conselhos de classe (CRC, CREA, CRM, CRO, OAB etc.).
Operar sem as licenças corretas pode resultar em multas, interdição e até responsabilidade pessoal do sócio.
Contrato social e responsabilidade dos sócios
O contrato social é o documento que define quem manda, quem responde e quem lucra.
Ele precisa prever:
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percentuais de participação;
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administração e poderes de decisão;
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entrada e saída de sócios;
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regras de distribuição de lucros;
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cláusulas de sucessão e falecimento.
Um contrato bem redigido protege o patrimônio pessoal e evita litígios futuros.
Gestão contábil, financeira e operacional
Abrir a empresa é só o começo.
A gestão diária é o que determina se o negócio prospera ou fecha as portas.
Para isso, é fundamental:
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ter controle financeiro (fluxo de caixa, receitas, despesas, inadimplência);
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usar sistemas de gestão integrados (ERP, emissão de notas, controle de estoque, relatórios contábeis);
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acompanhar indicadores de desempenho (margem, lucratividade, rentabilidade, ticket médio);
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separar conta pessoal e conta da empresa — uma das principais causas de desequilíbrio financeiro nas micro e pequenas empresas.
A contabilidade deve ser vista como ferramenta de gestão, não apenas como obrigação fiscal.
Planejamento e acompanhamento profissional
Nenhum empreendedor precisa fazer tudo sozinho.
Com o apoio certo, é possível estruturar o negócio com segurança desde o início.
O contador é o parceiro estratégico que:
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orienta sobre o melhor enquadramento tributário;
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simula cargas fiscais e margens;
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cuida das obrigações legais;
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e ajuda o empresário a tomar decisões baseadas em números.
Abrir uma empresa com planejamento, gestão e orientação técnica é o primeiro passo para construir um negócio sólido e rentável.
A pressa em “tirar o CNPJ” sem avaliar custos, localização, licenças e modelo tributário pode gerar multas, prejuízos e dor de cabeça.
A Labor Contabilistas apoia empreendedores desde a fase de planejamento até a gestão completa do negócio, com foco em eficiência, compliance e resultado.